domingo, 4 de abril de 2010

Constância…Vila Poema


Vila poema como é designada por quem nela habita, Constância revela-se poesia viva para os olhos. O que sobressai da sua bela paisagem e localização é um autêntico poema vivo. Camões aportou ou terá por ali nascido, diz-se, mas mesmo sem o apoio do mesmo, Constância seria por si só suficiente para encantar. Imagine-se em Constância um quase ambiente Medieval onde um Cavaleiro Andante, agora numa versão de atleta, alguém que corre…que cruzasse a meta para assim cumprir o desígnio que ali se iniciava e cujo fim não se determinava, acontecia simplesmente.


A prova tem um percurso que faz jus a toda a envolvência de Constância, ela, prova, é, por si mesma, uma ode á corrida. Partindo junto ao jardim onde predomina a junção de dois rios, onde vêm desaguar o Zêzere, num encontro amigável com o Tejo, o mais emblemático dos nossos rios, começa por apanhar logo uma subida para aí com 400 metros e uma inclinação razoável. Mas depois vêm o melhor, começamos a correr paralelamente ao Zêzere, e este será nossa companhia ao longo do percurso, onde se vislumbra a escarpa que o rodeia com o verde das árvores a dar o tom às várias tonalidades que têm o rio. Paisagem bonita a primeira metade da corrida é feita quase, pelo menos, é a ideia inicial, toda a descer. Mas o mais enigmático, ou não, é que Constância quer encantar e por isso quando damos a volta aos 5 km e iniciamos o percurso de volta á Vila, o terreno que nos parecia que iria ser a subir revela-se quase plano e com um grau de dificuldade mínimo, exceptuando quase a chegar á entrada de Constância onde é mais íngreme, para logo apanhar-mos a descida para a meta, cabe aqui a nota á chuva que só surpreendeu no fim, mantendo o percurso de forma fresca mas sem cair, pese embora o céu cinzento.

Tal como já me seduziram outros percursos de provas, este encantou-me, é uma prova que encanta, nos coloca num ambiente tranquilo, bucólico…inspira á poesia, vai ficar no calendário como uma prova a repetir e, a quem nunca a fez, aconselho vivamente.

A organização excelente, merece mesmo uma menção especial, percurso excepcional, abastecimento q.b. e mostram-se gentis nas ofertas, o saco “recheado” e um troféu a mostrar a generosidade das Gentes e da Vila Poema, selam uma prova de eleição.

Uma palavra para a Ana Paula que tem um blogue com o título “alémvirtual”, cruzei-me por lá com a sua estrela ao peito, fiquei feliz, vi de longe o local onde repousa a sua Estrela…brilham as duas, parabéns Ana Paula.

Fica um pequeno excerto de um post colocada no blogue da Ana Paula onde se refere á sua filha Margaret; “Há passos não percorridos. Passos interrompidos. Passos em forma de sonho. De um sonho ainda mais simples que um passo. O sonho de "estar de pé"´(o dela).”

Concordo plenamente, não são precisas mais palavras!

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